O Amapá quer compartilhar com os estados membros do Bloco Amazônico, uma nova fonte de arrecadação de recursos, criada pelo governo amapaense para amenizar os impactos da crise econômica e a constante frustração do Fundo de Participação dos Estados (FPE), comum aos estados da Amazônia Legal. Essa fonte é proposta do Programa Tesouro Verde, lançado em 2018, que visa a arrecadação através de créditos de florestas negociados no mercado financeiro.
O programa foi apresentado nesta quinta-feira, 28, pelo secretário de Planejamento do Amapá, Eduardo Tavares, na Câmara Setorial do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável – reunião técnica que antecede o encontro dos chefes dos Executivos no 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, confirmado para esta sexta-feira, 29, em Macapá. Além do 17º Fórum de Governadores, o Tesouro Verde também foi apresentado em países como Estados Unidos, Alemanha, França, Noruega e Rússia.
De acordo com Tavares, a proposta do governo amapaense é para que os estados membros consorciados, também dividam a receita do Tesouro Verde. Atualmente, o Amapá tem em seu inventário patrimonial 170 milhões de créditos florestais, estimados em R$ 13,2 bilhões, aproximadamente, graças a preservação de 93% de sua cobertura vegetal nativa intacta.
“Basicamente, com a entrada de mais estados no Programa, esses créditos e essa potencial arrecadação aumentariam mais ainda, e todos os estados ganhariam. O ativo ambiental, especialmente florestal, de cada estado, passaria a compor o fundo do programa e as vantagens seriam para todos”, analisou o secretário de Planejamento do Amapá.
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